Desculpa

Depois que a ação ou efeito de desculpar surgiu, tudo ficou mais fácil. Usamos “desculpa” em muitas ocasiões. Nos atrasamos em um jantar pedimos desculpa; faltamos no dentista pedimos desculpa; agredimos alguém com palavras ou gestos pedimos desculpa. E é claro recebemos muitas desculpas também.

Mas, e aquele dia em que você brigou na escola, xingou aquela garota estúpida de vaca, que fez você levar advertência, e além disso, foi obrigada a pedir e receber desculpas, será que foi de verdade? – Acredito que não. Desculpa, desculpa, desculpa...só deveria ser dita para pessoas que realmente merecessem ouvi-las.

A sua felicidade

Tá eu sei, errar é humano. Mas, será que não sou eu o motivo dos erros dele? Ou, talvez ele tenha cansado de compartilhar sua vida ao meu lado? Enfim, cair numa cervejada com os amigos, dançar com aquela menina vulgar não me parece algo que um namorado deva fazer. Será que estou o fazendo perder sua liberdade? E seus amigos? –Sim, ele se afastou deles. Parece-me que sua vida de solteiro era melhor, você me parecia mais feliz.

Você sabe que é meu maior motivo de amor. Mas eu só consigo te desejar toda felicidade do mundo, mesmo que seja longe de mim. Afinal, o que mais eu posso querer?

O presente

Talvez eu tivesse desistido de sonhar, cansado de procurar o tal príncipe encantado, era tanta decepção, tanta angústia. A vontade de buscar por alguém havia acabado. Ou ainda talvez, encantada pelo patético que tinha roubado meu coração, eu não conseguia enxergar mais nada, além desse meu mundo fechado.

Foi aí que você surgiu - de baixo, do fim - no momento em que eu mais precisava. Você me apareceu como um presente que Deus me enviou, fez/é o motivo em que eu penso em acordar sorrindo, dormir sonhando e simplesmente viver, com algum sentido. Você me fez/faz acreditar que o amor existe sim, de verdade. Não é um príncipe, nem tem um cavalo branco, mas é perfeito. Tem suas virtudes e seus defeitos como qualquer um, e eu te amo pelo que você é, e me faz ser.

A decepção

Parecia um sábado como outro qualquer, mas não imaginava que o tal baile que aconteceria, poderia mudar tudo. A noite tinha sido perfeita, como um sonho. Eu tinha encontrado o meu príncipe encantado. No dia seguinte, ele me adiciona no msn, me liga... os dias passam. Até que agente começou namorar. Pra mim era mais que uma brincadeira, pra ele não. Eu o amava* muito.

[...]

Não era um namoro normal - ele me evitava, agente mal se via, mal se falava, ele preferia estar com “as amigas”. Depois de muito sofrer, percebi que o meu príncipe encantado se transformou num sapo. E eu já não o queria mais. Achei que o tal príncipe encantado realmente existia, e fechei os olhos. Não conseguia enxergar nada além dele, era como se o mundo tivesse acabado. E quando abri os olhos, vi tudo o que sofri por ele, o tempo que perdi. Claro, que já não dava para voltar atrás, mas deixar de sonhar? –Nunca, um dia ele ainda vai chegar com seu cavalo branco e vai me levar pro seu imenso castelo.

* verbo conjugado no passado.